O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste sábado (14) do lançamento oficial do Defesa Civil Alerta, um novo sistema que vai enviar mensagens emergenciais diretamente para os celulares da população em áreas de risco. A iniciativa teve início com moradores de 36 municípios do Nordeste, que receberam um alerta simbólico de teste.
O evento aconteceu no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), em Brasília, e contou com a presença dos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Marina Silva (Meio Ambiente), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações).
Durante a cerimônia, Lula lembrou que o Cenad foi criado em 2005, ainda em seu primeiro mandato. Ele destacou que o novo sistema é uma ferramenta de defesa da vida e pode evitar tragédias como as que têm atingido diversas regiões do país. “Com este sistema, podemos evitar muitas mortes. É uma política pública de defesa da vida”, afirmou o presidente.
Alerta direto no celular
A população dos municípios selecionados recebeu a seguinte mensagem:
“ALERTA EXTREMO – Defesa Civil: ALERTA DE DEMONSTRAÇÃO do novo sistema de alerta de emergência no Estado. Para mais informações, consulte o site do Defesa Civil Alerta.”
A ação marcou o início de uma campanha educativa. A operação oficial do sistema começa no dia 18 de junho. A previsão é que o serviço esteja funcionando em todo o Brasil até o final de 2025.
Segundo o governo federal, o Defesa Civil Alerta permitirá uma resposta mais rápida a desastres naturais como enchentes, deslizamentos de terra, incêndios e outros eventos climáticos extremos, que afetam com mais força as comunidades periféricas e de baixa renda.
Capacitação dos municípios é fundamental
Lula também reforçou a importância do preparo das prefeituras e dos agentes locais. Para ele, é essencial que as equipes estejam capacitadas e que a população receba orientação adequada em momentos de crise. “Sem informação, as pessoas entram em desespero e agem de forma desordenada”, disse.
A expectativa do governo é de que o sistema se torne um recurso fundamental para reduzir danos e salvar vidas, principalmente em regiões historicamente vulneráveis — como as periferias urbanas e áreas de ocupação irregular, onde o impacto dos desastres costuma ser mais devastador.